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Os Reflexos do EU e a Desconstrução da Coletividade




Em pleno século XXI, uma das características que tornou-se inerente às sociedades humanas foi a busca por novas maneiras de se comunicar. No final da pré-história, a grande revolução na comunicação aconteceu quando o homem desenvolveu a escrita, um dos meios que até nos dias de hoje causa um forte impacto na vida de todos os seres humanos, pois através dele a mensagem pode ser recebida a qualquer momento por alguém que apenas saiba decifrar o código. Assim como a escrita, o surgimento da internet, atualmente, foi a grande revolução que aperfeiçoou, e continua aperfeiçoando, as inúmeras formas de comunicação.


Com o surgimento deste novo meio, todas as pessoas têm a possibilidade de serem, ao mesmo tempo, emissores e receptores da mensagem, consolidando assim, uma verdadeira aldeia global. Tal aldeia, a Rede universal da internet, é repleta de vias duplas de comunicação, onde todos podem construir seus laços, dizer o que pensam, escrever sobre o que gostam, falar e serem ouvidos, vistos e lidos. Hoje, temos a nossa disposição uma nova rede (o ciberespaço) que está reconfigurando as cidades contemporâneas, como também, estabelecendo uma nova forma de sociabilidade, sobretudo, centrada no indivíduo.


Dentro desta perspectiva, o indivíduo, com este novo padrão de sociabilidade - também denominado de Individualismo em Rede - pode, com sua autonomia e através de seus interesses pessoais, escolher seu grupo social, sua comunidade e administrar suas relações pessoais na rede, para obter, assim, uma maior afetividade ou até mesmo um sentimento de pertencimento que venham em seu auxílio. Assim, o individualismo em rede consiste numa conexão que está fundamentada em escolhas individuais cada vez mais personalizadas e seletivas.


Como forma de exemplificar esse individualismo em rede, podem-se citar os mais variados compartilhamentos de imagens caracterizados como "autorretrato em rede", popularmente conhecido como "selfie", ao qual, o próprio nome já evidencia o 'eu' – self traduzido do inglês significa eu. Tais imagens circulam constantemente em diversas redes sociais, dentre elas o Facebook, que em sua potencialidade já apresenta um livro de rostos, em que cada indivíduo expõe sua face e pode ser amplamente apreciado através de suas características mais peculiares. Portanto, fica evidente que há uma exposição inteiramente pessoal de indivíduo para indivíduo.


Sendo assim, as interações sociais que os indivíduos escolhem atualmente não estão mais baseadas em encontros face a face ou firmadas em lugares - como a casa, o parque, o lugar público para encontros. Mas, pelo contrário, estão estruturadas em encontros virtuais, uma vez que envolve indivíduos conectados a rede, seja onde quer que estejam, isto é, transcendendo as barreiras espaciais. Logo, a percepção de coletividade é cada vez mais desconstruída, e um novo padrão se instaura nesta aldeia global que está em constante transformação: o das pessoas vivendo sós.


Integrantes do grupo:

Bruna Cristina 1613857-1

Larissa Cantagalli 1642409-3

Lynda Araújo 1636272-1

Neemias Ramos 1662200-6

Patrícia Pereira 1627306-1

Paulo Henrique 1621729-2

Victória de Oliveira 1635749-3

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