Um vício chamado internet
- Grupo Nip
- 13 de mai. de 2016
- 3 min de leitura

O crescimento da internet nesses últimos anos é indiscutível. Essa ferramenta de grandes possibilidades propôs um novo estilo de vida onde os indivíduos estão quase sempre conectados a rede, é quase impossível encontramos alguém que não tenha um celular ou um computador.
De acordo com a pesquisa do site Valor o número de brasileiros usando smartphones chegou a 76,1 milhões no terceiro semestre de 2015, o equivalente a 61% da população brasileira. A internet propõe um grande número de informações instantâneas e acesso rápido e fácil agregando-se facilmente ao cotidiano, ela convida seus usuários a experimentarem experiências que fora do universo cibernético talvez não fossem possíveis, como por exemplo: de conhecer pessoas de um outro estado/país em um estalar de dedos, e ir até ter acesso a noticias que outras mídias não disponibilizariam. As possibilidades que essa rede traz são infinitas e tem um grande impacto social onde ela concede um ambiente novo de convívio, onde ao mesmo tempo em que o usuário vive em conjunto, ele se individualiza.
Manuel Castells, autor do livro “Galáxias da Internet” afirma que o individualismo em rede constitui um modelo social, não uma coleção de indivíduos isolados. Os indivíduos constroem as suas redes, on-line e off-line, sobre a base dos seus interesses, valores, afinidades e projetos.A falta de amizades são reflexos de um mundo individualista.
Como lidar com alguém que não desgruda da tela do celular mesmo no meio de uma conversa? Pesquisa internacional descobriu que 89% das pessoas — de um universo de 2.025 entrevistadas — consideram que o uso inoportuno dos smartphones e tablets é mais que irritante. Não há dúvida de que as redes sociais aproximam amigos e parentes que moram em locais distantes. Mas as checadas constantes nos aparelhinhos portáteis, para a maioria dos entrevistados, estão esfriando e desgastando as relações “ao vivo”[1]
Temos que repensar as relações de forma mais consistentes. Vivemos num mundo em que um abraço, um beijo num amigo é cada vez mais raro. Existem momentos que acabamos deixando de conversar com as pessoas que estão ao nosso lado num jantar, em uma conversa de bar para ficarmos mexendo no telefone o tempo todo. Nesse caso, a internet afasta as pessoas. Alguns estudiosos já previam tais acontecimentos:
“Assim toda realidade individual se tornou social e diretamente dependente do poderio social obtido. Somente naquilo que ela não é, lhe é permitido aparecer” A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, página 13, DEBORD Guy.
“Temo o dia em que a tecnologia se sobreponha à humanidade. Então o mundo terá uma geração de idiotas” site O Criacionismo por Michelson Borges, Novembro de 2012, EINSTEIN Albert.
Toda essa tecnologia trouxe uma perda no relacionamento pessoal, tanto afetivo quanto intelectual."Hoje as famílias não se sentam mais a mesa para fazer uma refeição. Cada um faz seu prato e vai comer no sofá, no quarto ou onde quiser e as crianças crescem vendo esse comportamento", explica a psicóloga e professora universitária, Silvana Barros. "Isso acomete todas as classes sociais, não é 'privilégio' das classes mais favorecidas", reforça. O contato visual, a conversa, o contato físico, muitas vezes é deixado de lado e acaba sendo trocado por uma conversa virtual, uma conquista em aplicativos de relacionamento e nas inúmeras redes sociais existentes.
Na sociedade contemporânea preza-se mais pelo número de contatos do que realmente a qualidade, ou seja, a busca de “likes” é mais importante do que as relações pessoais. Atualmente a internet tem um poder muito grande de influência, qualquer pessoa ou acontecimentos tomam proporções imensuráveis, muitas vezes irreversíveis, e estes fatos na maioria das vezes fogem do controle.
As redes sociais e a internet só disfarçam a falta de relações humanas, causando uma falsa sensação de aproximação, ou seja, é uma ferramenta que facilita o contato, porém não aproximam os usuários. O ponto X dessa questão é o aumento na futilidade dos encontros, dos relacionamentos, e principalmente o aspecto interpessoal.
A própria publicidade tem retratado estes comportamentos, abordando esse tema do “vicio” como uma coisa natural. Exemplo disso é o comercial da Fiat publicado em 14 de agosto de 2013 para divulgar as ofertas do Feirão Online de carros, foi lançada uma campanha exclusiva, com veiculação nacional, composta por filme e mídia impressa. A novidade é assinada pela Agência Fiat, formada por profissionais da Leo Burnett Tailor Made e da Agência Click Isobar, e tem como título "O Espectador".[2]
O uso abusivo da internet faz com que as pessoas fiquem mais vulneráveis, virtualmente e fisicamente.
[1] http://odia.ig.com.br/noticia/mundoeciencia/2014-06-07/tecnologia-aproxima-quem-esta-longe-e-afasta-quem-esta-perto.html
[2] Link: https://www.youtube.com/watch?v=6_JBJUabnLE.

Integrantes do grupo:
Amanda Castro Figueiredo 16423399
Diego Soares Dias 16409698
Eduardo de Lima Marques 16211804
Guilherme Rizzo 16211782
João Renato Coelho Lopes 16393406
Leticia Paola Santos 16420837
Martha Dias Moreira 16355474
Raphael Rodrigues 16282230
Ronaldo Durães do Santos 16282817
Thiago Wenzler 16247604
Yan Pellegrine 16231350
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