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A Inversão da Comunicação


A expressiva ascensão da Internet como principal meio de comunicação e sua influência em nosso cotidiano, tem atraído ao longo do tempo uma série de levantamentos realizados por pesquisadores e até mesmo por parte da sociedade: seria a Internet uma forma de inteligência coletiva ou a razão para o individualismo em rede?


Críticas a respeito desse assunto têm crescido gradativamente, gerando uma série de questionamentos sobre a geração “viciada em Internet”. Segundo uma pesquisa realizada pelo Facebook, apenas 3,2 bilhões da população mundial têm acesso à rede, um crescimento de 10% em relação aos 2,9 bilhões de usuários em 2014. Ou seja, 4,1 bilhões de pessoas, ou 43% da população mundial não está conectada à Internet, completamente alienada do mundo digital. Contudo, o Facebook estima que até 2020 esse número se reduza para 3 bilhões. Mas, mesmo com poucos usuários, a polêmica da atualidade super conectada vem constantemente chamando nossa atenção.


De forma geral, acredita-se que a Internet e sua infinidade de informações, disponibilizadas com apenas um clique, facilita relações à distância entre amigos, parentes, namorados, etc. Usam este meio para conversar com quem está distante ou até mesmo para uma reunião de negócios via Skype ou quaisquer outras ferramentas de videoconferência, visando à praticidade de uma sinergia sem sair da própria casa, ao invés de uma reunião face a face.

Com todos esses fatores, defendemos a ideia de que o real problema não está na Internet como meio de comunicação em si, mas sim quanto ao uso inadequado que o indivíduo faz dela.


Sem dúvida, a Internet sempre se mostrou responsável por gerar laços fracos (Castells, 2001) entre seus usuários, modificando-se de acordo com os interesses de cada indivíduo, que busca o ingresso em uma comunidade online baseada em um pensamento em comum (fóruns, grupos de discussão, fan pages, etc.). Propagou-se então a disseminação de uma sociedade individualista, composta por pessoa que ao navegarem pela rede procuram direcionar-se a espaços sociais de acordo com seus desejos, como trata Manuel Castells em A Galáxia da Internet (2001).


Atualmente, as redes sociais estão exigindo constantes mudanças na interação social, criando um mundo dominado pela individualidade, no qual pessoas podem passar suas vidas baseadas nos seus próprios interesses e valores. Porém, isso necessariamente não nos traz um futuro confortável.


Presenciamos pessoas escolhendo seu parceiro em um catálogo ou site, sem cheiro, sem olhar, sem toque, sem alma. Todos têm buscado a facilidade e a praticidade imediata, consequência de uma sociedade consumida pelo tempo, onde não há mais paciência e cada segundo torna-se essencial.


Mas, qual o motivo para querermos facilitar tanto nossas vidas? Para ficarmos mais ociosos ao longo do dia? Não nos daria maior prazer ir à um restaurante, do que dar três ou quatro cliques e em meia hora a comida estar à nossa porta? As cibercidades, os ciberserviços, as ciberatitudes e as ciberpessoas precisam também atentar-se ao que é real e verdadeiro, e ao que nos está tirando os pés do chão.


Concluímos que a Internet consegue exercer vários efeitos sobre à interação social e a construção de uma sociedade contemporânea conectada por novos meios de interatividade social, no intercâmbio de informações ou no processo de globalização. Mesmo sendo evidentemente e mais dependes de seu uso contínuo, cabe somente a nós decidirmos quando é viável deixar de lado nossa vida digital e prestarmos mais atenção às coisas reais que nos cercam.


Integrantes da equipe:

Giovanna Frasson RGM 1602820-1

Daniella Lima RGM 1623519-3

Adriano Araújo Silva RGM 1626933-1

Bárbara Angelon RGM 1628288-4

Guilherme Henrique dos Reis RGM 1629336-3

Beatriz Paradela RGM 1636853-3

Victor Brito Santiago da Silva RGM 1661032-6

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