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A inteligência coletiva na plataforma digital



É de conhecimento geral que os seres humanos agem coletivamente desde os primórdios, seja por necessidade de socializar, interesses pessoais ou interesses em comum. Certamente, esses fatores tornam todos os diversos tipos de comunicação indispensáveis.


Assim, isso acarreta naturalmente que se crie uma estrutura social com a existência de equipamentos sociais destinados à funções urbanas, tais como entretenimento, trabalho, habitação e circulação, e a definição desses fatores como um, é o que chamamos de cidade. Atualmente nota-se que esses equipamentos sociais para funções urbanas básicas são encontrados virtualmente, com isso, podemos concluir que há uma cidade digital, ou cibercidade. Como as cidades físicas, uma cidade digital também tem seus empecilhos sócio-culturais, organizacionais e concernentes ao sentimental de cada cidadão.

Mas seria realmente correto afirmar que o modelo digital de sociedade se inclina para o individualismo em rede?

Numa narrativa ilustre em formato de vídeo, disponível na nossa cibercidade, Carlos Nepomuceno (Jornalista, consultor, professor e pesquisador há mais de 10 anos sobre as causas e consequências da chegada da internet para a sociedade.) nos explica o que é de fato a inteligência coletiva. Segundo ele a inteligência coletiva acontece desde o início da sociedade, antes mesmo da idade média. Mas claro, houve uma evolução da inteligência coletiva nas diferentes plataformas de conhecimento tecnológico, isto é, tivemos a inteligência coletiva trabalhando na plataforma oral, na plataforma escrita e hoje ela trabalha na plataforma digital. O que torna a chegada da plataforma digital tão impactante é que ela nos traz um recurso que nunca tivemos antes em nenhum outro tipo de veículo de informação: Algoritmos que permitem a troca de conhecimento e colaboração em massa. Sendo assim a comunicação digital nos permite trabalhar com a colaboração coletiva e a inteligência coletiva de uma nova maneira, uma maneira instantânea e barata. Nepomuceno também nos exemplifica como a inteligência coletiva existe neste mundo digital, citando que existem formas rápidas de contribuir com sua opinião. É possível com um único clique mostrar sua opinião sobre determinado indivíduo, se ele é ou não interessante para certo tipo de assunto. Quando este fator é concernente com a grande massa da cibercidade o efeito disso é muito forte, pois é capaz de isentar uma provável autoridade elegida por um padrão de ter poder para falar com imponência sem merecimento. Sendo assim, é possível concluir que o modelo atual de inteligência coletiva vem restabelecer uma meritocracia que a inteligência coletiva de outras plataformas não conseguia. Por outro lado é fato que existem ameaças que podem ser empecilhos para essa inteligência coletiva, e Manuel Castells em sua obra "A Galáxia Internet. Reflexões sobre internet, negócios e sociedade" levanta algumas que chegam a remeter que a plataforma digital pode ser um suporte para o individualismo em rede. Um dos fatores mais impressionantes é quando o enfoque do livro se vira para a internet como um meio de reestruturação das relações sociais baseadas no individualismo. Esse individualismo faz remissão as redes sociais criadas com base nos interesses de cada indivíduo. Percebe-se este sentido quando Castells afirma "O individualismo em rede constitui um modelo social, não uma coleção de indivíduos isolados. Os indivíduos constroem as suas redes, on-line e off-line, sobre a base dos seus interesses, valores, afinidades e projetos."

Entretanto, na mesma obra, Castells levanta oportunidades que a plataforma digital nos traz. Uma delas de importância relevante também é citada por André Lemos em sua obra "Cibercidade. As cidades na cibercultura." Ele propõe colocar em sinergia diversas inteligências coletivas com a oportunidade de possibilitar um cidadão à colocar seus problemas de forma coletiva para incentivar o debate, a tomada de decisão política, social e cultural. Lemos afirma que de nenhuma maneira isso seria surreal, e é uma constatação do potencial do ciberespaço de forçar os poderes públicos a instaurarem práticas neste novo espaço.

Essas análises são de fato interessantes, quando baseadas em impressões da vivência da sociedade de maneira empírica, o que reforça a seriedade com a qual os estudos foram feitos. Dessa maneira tem-se algo sólido para ponderar e assim estruturar uma opinião igualmente concreta. Esses estudos nos indicam que a comunicação em sua atualidade traz diversas ameaças e também bastantes oportunidades. Apesar de todas as ameaças concernentes à Internet, nota-se evidente que os aspectos positivos se sobrepõem aos negativos, uma vez que esta forma de comunicação e interação criadas pela sociedade em rede criam novas formas de participação, completando e reforçando as já existentes. As inteligências coletivas estão sendo trabalhadas na plataforma digital trazendo muitos benefícios, e a tendência é que em suas evoluções vindouras, ainda mais benefícios ocorram.

Integrantes do grupo:

Higor S. S. Carmo 1638657-4

Juliana S.Barros 1644744-1

Pamela C.Santos 1635562-8

Patricia C. Abreu 1647880-1

Stefany S. Muniz 1607613-3

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