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INTERNET: O lado escuro prevalece

É verídico que milhões de usuários ativos usam a internet diariamente no Brasil. Grande parte desses usuários recebem demonstrações de ódio e os praticantes desses delitos continuam impunes. Como sabemos, a internet foi criada para ser benéfica, mas com ascensão das mídias sociais no século XXI, toda essa ideologia foi por água abaixo. Nos últimos anos, os ataques preconceituosos na internet tornaram-se pauta em estudos e discussões pela web.


Segundo o dicionário Aurélio, 'preconceito' é a atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para e com indivíduos ou grupos.


É um problema que sempre esteve presente nas sociedades e o que antes era feito fisicamente e pessoalmente, vem ganhando forças com o crescimento das redes de relacionamento.

Observamos que os casos de assédios sexuais e psicológicos na internet é, infelizmente, algo comum nos dias atuais, onde pessoas por de trás de seus computadores e celulares criam inúmeras vítimas a cada dia por causa de sua cor de pele, orientação sexual ou pelos motivos de não se encaixarem aos padrões aceitos pela sociedade em geral.


Entretanto, o Cyberbullying – conhecido como assédio virtual– pode ocorrer com qualquer pessoa, sendo ela da mídia ou não. Mesmo não consistindo em agressões físicas, o cyberbullying pode trazer graves consequências para aqueles que são vítimas, por exemplo, traumas psicológicos, isolamento social, desenvolvimento de problemas relacionados à depressão e até mesmo suicídio.


Pode-se mencionar, por exemplo, o caso mais recente de preconceito racial que aconteceu virtualmente em nosso país. Em abril de 2015, a repórter climática do Jornal Nacional da Rede Globo, Maria Julia Coutinho, conhecida popularmente como 'Maju', foi alvo de críticas raciais nas redes sociais por ser a primeira "garota do tempo" negra do programa. Os comentários maldosos contra a jornalista foram feitos após uma foto da mesma ser publicada na página do Jornal no Facebook. Evidentemente, esse caso tornou-se viral nas redes sociais, fazendo assim, milhares de internautas usarem a expressão 'SomosTodosMaju' como forma de apoio à jornalista. Na época, durante a onda de solidariedade que criaram para defendê-la, o jornalista âncora do Jornal Nacional, William Bonner, comentou ao vivo sobre o ocorrido, afirmando que "[...] uns 50 criminosos publicaram comentários racistas na página do 'Jornal Nacional' no Facebook. Só que o que aconteceu depois, de uma forma espontânea e avassaladora, foi que milhares e milhares de pessoas manifestaram a indignação e um repudio aos criminosos [...]".


A companheira de bancada de William, Renata Vasconcelos, comentou que as autoridades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro já estavam investigando o caso e logo em seguida, William Bonner pediu para que Maria Júlia comentasse sobre o ocorrido: "A verdade é a seguinte, gente! Eu já lido com essa questão do preconceito desde que eu me entendo por gente", respondeu. "Claro que eu fico muito indignada, fico triste com isso, mas não perco o ânimo, não esmoreço que acho que é o mais importante", confessou.


Ainda convém lembrar que também em 2015, outra global foi alvo de comentários racistas na internet. Dessa vez, a atriz Taís Araújo recebeu ofensas após publicar uma foto sua em seu perfil on-line e no dia seguinte, a mesma escreveu em sua página do Facebook o seguinte comunicado como forma de autodefesa: "É muito chato, em 2015, ainda ter que falar sobre isso, mas não podemos nos calar. [...] Absolutamente tudo está registrado e será enviado à Polícia Federal. Eu não vou apagar nenhum desses comentários. Faço questão que todos sintam o mesmo que eu senti: a vergonha de ainda ter gente covarde e pequena neste país, além do sentimento de pena dessa gente tão pobres de espírito. Não vou me intimidar, tampouco abaixar a cabeça".


Em parceria com autoridades de diversos estados, a polícia carioca da Delegacia de Polícia Civil de Repressão a Crimes de Internet, cumpriu durante meses um total de 11 mandados de busca e apreensão, mas apenas 5 suspeitos foram presos.


Com a migração do convívio social das cidades para as redes sociais, muitos problemas que ocorriam ao longo de várias civilizações existentes ganharam força e voz na atualidade, é comum ver pessoas se atacando em comentários maldosos onde suas diferenças físicas, culturais e até mesmo de escolhas são divergentes.


O fato é que o anonimato e a impunidade convivem em contraponto com os numerosos grupos de apoio as vítimas e de lutas contra a descriminação da maioria, portanto, devemos pontuar que vivemos em uma era de inteligência coletiva onde vários grupos – para o bem ou para o mau – se juntam para expressar suas ideias e filosofias de vida sem devaneios ou censuras.


Integrantes da Equipe:


Camila Nunes da Silva – 1645294-1

Ellen Lourenço Monteiro – 1645286-1

Gustavo Zito de Souza – 1613199-1

Jaqueline Rodrigues Cabral – 1652905-7

Jonatan da Fonseca Oliveira – 1612965-2

Juliana Félix Mendes – 1652153-6

Milena Lopes Barbosa – 1617106-3

Yasmim Aparecida da Silva – 1621958-9

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