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Internet a vilã que causa incomunicabilidade, ou a mocinha que facilita a comunicação?


Os Opostos da Conexão: A internet surgiu com o intuito de nos auxiliar e facilitar nossa rotina em diversas áreas, por ser tão ampla e abrangente ela acabou por influenciar uma alteração no comportamento da sociedade, gerando “polêmicas” e “discussões” quando o assunto é comunicação, pois seus usuários inicialmente não tendem a ter nenhum tipo de interferência na vida social, porém, nos dias atuais onde ha conexão presente em todos os lugares e podemos estar conectados o tempo todo, a intensidade de uso da internet aumentou, e logo essas interferências começam a refletir com clareza na sociedade, criando vícios, dependência e até mesmo doenças. Entretanto diante de tantas possibilidades que a internet nos oferece, podemos mesmo afirmar que ela é única culpada por tais mudanças ou a forma exagerada e excessiva que fazemos de seu uso? Até onde ela seria adequada? Estas são algumas questões que são discutidas quando se trata de inclusão ou isolamento do individuo na sociedade.


A internet teve um crescimento significativo como meio de comunicação. De inicio é aceitável que ela tenha apenas complementado nosso cotidiano sem interferir fortemente na nossa relação pessoal e afetiva com o próximo, como aponta um trecho do livro “A Galáxia da Internet” de Manuel Castells, publicado em 2001, ele faz uma reflexão baseando-se em pesquisas e estudo, de que o uso da internet não altera o comportamento do individuo em relação a sua vida social ou a interação com familiares e amigos, exceto por adicionar a interação on-line à relações sociais já existentes. Porem, na realidade em que vivemos é inegável os impactos negativos que ela vem causando na sociedade, percebemos isso em outro trecho do livro de Castells, onde comprova que aqueles que utilizavam a internet com maior intensidade, estavam deixando de se comunicar com seus familiares e interagir na circulo social, se tornando uma pessoa individualista, e assim ficando mais propícios a desenvolver doenças psíquicas como a depressão. Não podemos negar que a internet, inúmeras vezes, nos fez matar a saudade de algum amigo ou familiar que esta distante - assim o trazendo para perto - fortalecendo os laços, mas não podemos deixar de notar que ao irmos a um barzinho ou reunião entre amigos, é comum se deparar com a cena de alguém com o celular na mão se comunicando on-line com outras pessoas ao invés de dar atenção as que estão presentes no local, pode se dizer que a internet passou aproximar quem esta longe e afastar quem esta ao lado.


Criamos a necessidade de estar conectado e interagindo o tempo todo. Praças e bares são exemplos de lugares que antes pessoas se encontravam para conversar entre amigos e que agora são alvos da internet gratuita. Há algum tempo “WIFI LIVRE” tornou-se o melhor slogan de qualquer estabelecimento, seja ele privado ou público. Seguindo este pensamento não podemos deixar de citar a obra de André Lemos, “Cibercidades: um modelo de inteligência coletiva”, onde ele visava um projeto de cidade onde a internet facilitaria todas as atividades cotidianas, como por exemplo, pagar uma conta ou consultar o seu saldo do banco, conhecer pessoas e lugares, além de ampliar os conhecimentos acadêmicos e culturais sem sair de casa. Com a união de quatro capitais (social, intelectual, cultural e técnico) seria possível tornar esse projeto em realidade. E hoje, 12 anos após a publicação da obra, podemos notar que as atuais cidades são modelos de cibercidades, onde ser cidadão é bem semelhante a estar conectado.


Tudo que temos em nossa volta foi feito como intuito de facilitar a comunicação. Mas mesmo assim estamos vivendo a era da incomunicabilidade e esse termo não é algo que afeta só os jovens. Adultos, idosos e crianças também são alvos dessa incomunicabilidade, não é estranho ver crianças pedindo de presente para os pais um celular de ultima geração, ou invés de um brinquedo que acabou de ser lançado, ou ver um grupo de amigos reunidos e cada qual com seu celular na mão, conversando com pessoas do outro lado da tela, estamos desaprendendo a exercer a comunicação face a face e valorizando a interação virtual, dando mais importância a uma vida fantasiosa criada dentro das redes sociais do que a própria vida real. Tornamo-nos uma sociedade complemente viciada e dependente da internet e com isso, coisas que antes eram importantes, hoje estão perdendo o valor. E isso não espelha somente a maneira que a sociedade vive, está afetando a saúde psíquica das pessoas, e é ai que a questão fica mais preocupante. O nível de depressão tem aumentado muito no mundo inteiro, e as pessoas que apresentam tais casos, são justamente as que ficam mais tempo no celular. Em uma entrevista dada ao site "Terra", o psiquiatra Hewdy Lobo, diz que Crianças e adolescentes por não terem as funções executivas completamente formadas (como tomada de decisões, planejamento e controle dos impulsos) apresentam sintomas de depressão precocemente e se tornam vítimas fáceis. E os adultos também podem ser vulneráveis, pois os mesmos buscam na internet uma forma de suprir suas emoções. E tudo isso se dá ao uso excessivo de internet.


Não podemos dizer que ela é usada apenas de forma depreciativa, a internet também traz benefícios à sociedade - além agilizar os estudos com inúmeros sites com conteúdos acadêmicos e didáticos, facilitar o nosso trabalho e aumentar o entretenimento com filmes e séries online -, relacionamentos via internet são cada vez mais comuns nos dias atuais. O que não falta são sugestões de sites de relacionamentos, que algumas vezes são muito eficazes (embora mal feitores insistam em banalizar e mentir sobre suas reais informações nesses sites), e podem gerar lindas histórias de amor. Como o caso de Thaís de 28 anos, que em uma entrevista dada ao G1 conta como conheceu seu atual namorado via internet. Disse durante a entrevista que estava solteira, mas queria estar num relacionamento, e ainda que não tivesse interesse pelas pessoas que conhecia. Inscrita no site há apenas uma semana, encontrou dentre os perfis um que lhe interessou, trocaram mensagens e hoje em dia ela mora na Califórnia com seu namorado. Deduzimos assim, que usada de maneiro ética, a internet também pode proporcionar relacionamentos saudáveis e duradouros.


Após este leque de exemplos, estudos e pesquisas, podemos quebrar vários tabus a respeito da internet. Estudos de momentos e circunstâncias distintas, que apresentam ideias contrárias, nos fazem entender que a internet em si como uma ampla rede não nos distancia, nem nos fazem viver submissos em um mundo paralelo, nem nos fazem desenvolver doenças psíquicas, pelo contrario, ela facilita o trabalho, os estudos, a busca por diversão e entretenimento, além de facilitar e agilizar o processo de comunicação, agora cabe a cada um de nós sabermos utilizá-la e até onde deixaremos a mesma afetar o nossos cotidianos. Ter limites é essencial para nossas vidas, e a internet não é uma exceção para isso.


Integrantes da equipe:


Agatha Paiva RGM:1614114-8

Ana Paula Serafim RGM:1937915-2

Ellen Giulia RGM:1614854-1

Luciano Souza RGM:1638748-1

Luiza Lima RGM: RGM:1648712-5

Michele Serafim RGM:1637909-8

Sérgio Suto RGM:1639258-2

Vinicius Santos RGM:1614729-4




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