Depêndencia Técnologica: A doença do século XXI
O século do ciberespaço, dominado pelas redes sociais. A proposta sempre foi aproximar pessoas por meio da tecnologia, mas é possível perceber atualmente que as redes sociais criaram uma imersão tão grande no mundo cibernético que o convívio em sociedade está sendo deixado de lado. Então, será que estamos preparados para lidar com as mudanças rápidas que o desenvolvimento tecnológico trouxe, ou estamos cada vez mais dependentes da conexão virtual?
Ao mesmo tempo que as redes sociais aproximam pessoas que estão longe, ela afasta as que estão perto. E para perceber isto, basta uma reflexão rápida: quantas horas perdemos de dialogo com nossos amigos e familiares por ficarmos ligados no mundo virtual? Com base nisso, percebemos claramente um distanciamento social, e como explica a psicóloga especializada em comportamento Ana Leda Bella, do Centro Terapêutico Araçoiaba, em Araçoiaba da Serra (SP), o uso em excesso da internet faz com que as pessoas percam a percepção do mundo real, o que pode ser comparado até mesmo com o uso de drogas, já que a mesma também é considerada como uma “fuga” do mundo real, e apesar de não se tratar de dependência química, causa o mesmo desgaste aos neurônios que as drogas.
Uma pesquisa elaborada em 2015 pelo Núcleo de Tendências e Pesquisas (Famecos) da PUCRS, aponta que 72% dos jovens brasileiros acessam a internet e apenas 8% leem jornais e revistas. O que é um dado preocupante para aquelas que são considerados o futuro do país. Vale lembrar, que é na adolescência que ocorrem modificações em nível social. É nessa época que existe uma grande influência por parte do circulo de amizades, e até mesmo uma pressão psicológica para fazer parte de grupos e agir da mesma forma que outros para se enquadrar em um padrão. E é dai que surge o perigo, pois estar conectado praticamente 24 horas é sinônimo de ser “descolado”. Mas apesar disso, o fato é que o uso descontrolado gera problemas psicológicos e distúrbios que podem mudar completamente a vida desses jovens, entre eles, a depressão.
De acordo com o neuropediatra José Salomão Schwartzman, entre as características que marcam o perfil do dependente em tecnologia destaca -se o excesso de preocupação em estar distante do computador, pensamentos fixos em jogos ou conversas virtuais, desligamento do cotidiano, a ocorrência de sonhos com a máquina. E entre as consequências da dependência, estão as brigas familiares e isolamento social.
É preciso entender que a internet trouxe uma grande revolução e contribui diariamente para facilitar muitas das nossas tarefas diárias, mas não podemos deixar que um espaço virtual domine nossas mentes e corrompa relações com amigos e familiares dentro de espaços físicos que permitem a verdadeira interação e que constroem laços de cordialidade, respeito e confiança. Para quem tem filhos, é válido estabelecer limites de uso de seus celulares, computadores e outros dispositivos tecnológicos. Mas para todos, o que vale mesmo é o policiamento psicológico e criar a consciência de que a tecnologia deve ser usada apenas como recurso de interação.
Integrantes do grupo:
Jackson de Oliveira Silva - 16528034
Bruno mesquita - 16141342
Paula cavalcante - 1289837
Antonio Fernando Lopes - 16507086
Kaique Gonçalves Beserra - 16088867
Diego de Carvalho Mendes - 16010868
Jussara Barbosa - 1287974
Alexandro Oliveiro - 16371411
Andre Sousa – 16300394
Isael Florencio dos Santos - 16582683