O Individualismo em massa
Começar uma conversa pessoalmente se tornou algo muito difícil, mantê-la então, quase impossível. Isso se deu por conta do fácil acesso as informações a partir dos smartphones. O uso das tecnologias móveis de comunicação está modificando o modo de viver das pessoas nas cibercidades, alterando velhos hábitos e criando novos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgaram dados relativos ao uso dos telefones celulares no Brasil. Com informações obtidas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), entre 2005 e 2011 o uso de celular e internet cresceram mais de 100% no Brasil.
O mais relevante é a popularização em si do eletrônico: entre os anos da pesquisa, o crescimento do uso pessoal do celular por brasileiros com mais de dez anos foi de 107,2%. Para efeitos de comparação, os números de acesso à internet foram um pouco maior, com 143,8% de aumento.”
A necessidade de estar sempre conectados faz com que perdemos um pouco da nossa essência que é a comunicação pessoal. Hoje, vemos menos abraços e mais likes, menos beijos e mais emojis. E quando as pessoas se utilizam da tecnologia para marcar um encontro, o que é algo positivo, na maior parte do tempo ficam com seus aparelhos em mãos ao invés de interagir com a pessoa ao lado.
De acordo com a revista atenção, uma pesquisa realizada por uma empresa do segmento comprovou que 82% das pessoas que têm smartphones não conseguem ficar um dia sequer sem mexerem em seus aplicativos favoritos. De acordo com a pesquisa, “85% dos usuários preferem ficar sem beber água do que deixar de utilizar o seu aparelho móvel por 24 horas”. Ficar sem o aparelho celular em mãos, surgiu uma nova fobia, a “Nomofobia” que vem do Inglês “mobile phobia” doença essa que afeta principalmente os viciados em redes sociais.
Segundo o site Folha de S. Paulo, em fevereiro, um estudo realizado com cerca de mil pessoas no Reino Unido, país onde a palavra “nomofobia” surgiu em 2008, revelou que 66% dentre eles se dizem “muito angustiados” com a idéia de perder seu celular.”
O teletrabalho, as tele/videoconferências, o ensino à distância via internet, as comunidades virtuais são alguns exemplos da ascensão da internet na vida dos brasileiros. Essa nova possibilidade de estrutura de cidade do tempo presente, possui uma sociedade que tem sua atenção voltada para a comunicação e informação. A noção de pertencimento a essa sociedade passa pela necessidade de se estar, quase a todo o momento, conectado ao mundo emitindo e consumindo informações. As pessoas buscam facilitar o acesso do outro a elas e estão em constante interação umas com as outras. E é imprescindível que essas ações ocorram da maneira mais rápida possível. Nada pode esperar. A novidade se torna notícia velha em poucos minutos. E o sentimento de insatisfação que existe no tempo presente, assim como a ânsia por mudanças e pelo novo, farão com que esse processo de comunicação e interação entre indivíduos e espaço se mantenha em constante movimento. Diante desse cenário aqui exposto, não seria muita ousadia dizer que as cidades “travariam” sem os diversos equipamentos e ferramentas que hoje a caracterizariam como uma cibercidade e que tendo à mão um celular com capacidade de acesso à internet, uma pessoa pode se sentir, praticamente, em casa mesmo estando longe dela. Afinal, como afirma Pellanda (2009), o celular, hoje, é uma casa móvel.
Esse vício vem se intensificando a cada geração que surge e mais dependente ficamos dos smartphones. Não que toda essa tecnologia seja negativa na comunicação das pessoas, acredito que estamos usando de forma exagerada e isso atrapalha no dia-a-dia do trabalho, família, escola e faculdade.
Integrantes do grupo:
Isabela Lima de Souza – RGM: 1603741-3 Jessica Hilda Pereira – RGM: 1623791-9 Caio H. K. Lima Yokota – RGM: 1623982-2 Renan Rodrigues Rosal – RGM: 1626235-2 Alisson Cavalcante – RGM: 1630272-9 Anderson Q. Sales – RGM: 1633165-6 Fabio Rosa Volpi – RGM: 1644755-7 Igor Lucas B. de Lima – RGM: 1654105-7 Suellen F. Fontenele de Araújo – RGM: 1657879-1