Facebook: Ampliando a inteligência coletiva

A inteligência coletiva é o meio mais eficaz de disseminar conhecimento, contribuindo para o bem de um ou mais indivíduos direta e indiretamente. A existência de uma internet colaborativa possibilita a disseminação da inteligência coletiva. O Facebook pode ser considerado como um dos maiores colaboradores desse compartilhamento de inteligência, diante da quantidade mundial de pessoas conectadas à rede social.

De acordo com Levy (A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço, 2000), a inteligência coletiva é uma ação recíproca que não se limita à exposição do conteúdo e ao retorno disso através de um fórum ou chat, mas representa principalmente a capacidade de reconhecer o outro como um sujeito dotado de inteligência, como um ser que possui um conhecimento potencializado. Esse pensamento nos leva a refletir sobre o fato de que a internet nada mais é do que um meio de práticas (sociais, culturais, políticas, etc.) interativas, tornando-se uma importante ferramenta de colaboração e disseminação de conteúdos informativos entre seus usuários. O Facebook une, em um único espaço, as mais completas práticas sociais realizadas por seus usuários em seu mais novo modo de classificação social: o cibercidadão (COELHO em Abordagem Cognitiva para Inclusão Digital, 2010).

O Facebook possibilita interações em tempo real, permite compartilhamento de informação, participação ativa e opinativa de seus usuários, política de privacidade, o que permite ao internauta decidir o conteúdo a ser compartilhado e com quem.

Em questão de minutos, acontecimentos mundiais que levariam dias, semanas ou até meses para se tornarem de conhecimento comum sem o desenvolvimento da comunicação online, são facilmente acessados e compartilhados, tornando-se virais entre os cibercidadãos.

A exemplo disso, podemos citar o rompimento da barragem em Mariana (MG), ocorrido em novembro de 2015. A informação rapidamente se alastrou pela rede, levando o conhecimento do novo fato aos usuários de plantão e permitindo que os usuários do Facebook interagissem com as reportagens explanando sua opinião sobre o que deveria ser feito a respeito, quais providências caberiam ao governo, entre outros tantos comentários feitos junto ao compartilhamento da notícia.

Centenas, milhares de pessoas podem ter acesso instantâneo a uma postagem na rede, como afirma o slogan do Facebook: “No Facebook você pode se conectar e compartilhar o que quiser com quem é importante em sua vida”. Isso é o que faz do Facebook a maior rede social contemporânea.

O amadurecimento da plataforma possibilitou a interação também para as empresas, que expandiram seu atendimento ao cliente e estratégias de marketing, além de possibilitar uma maior acessibilidade por parte do seu consumidor, que não necessita se locomover até o local de uma empresa para obter esclarecimentos, conhecer produtos, promoções, entre outros.

Um exemplo de interação corporativa na rede foi o recente “desafio do balde de gelo”, que embora pudesse parecer uma brincadeira vazia de significado, na verdade era uma campanha que visava a arrecadar fundos para uma instituição que combate a ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica. A brincadeira que viralizou entre os internautas foi compartilhada tanto no youtube quanto no Facebook, e alcançou celebridades como Bill Gates, Ivete Sangalo, George W. Bush e até Mark Zuckerberg, criador do Facebook.

Nos dias atuais, é questão de “status” social a ação de estar conectado. É raro encontrar alguém que não tenha acesso a, no mínimo, uma rede de interação social. Dentre todas as disponíveis, vemos o Facebook como a maior rede de comunicação contemporânea, principalmente, porque está sempre inovando em sua tecnologia para atender às necessidades de seus usuários e manter-se à frente.

Em tempos de cibercidades e cibercidadãos, as informações compartilhadas pelos milhares de usuários do Facebook disseminam o conceito de inteligência coletiva, que está ligada aos internautas de todo o mundo.